Estádio cheio, cofres vazios? Paysandu arrecada pouco mesmo com Mangueirão lotado

O Paysandu viveu uma noite marcante no Mangueirão ao reunir 37.895 torcedores para acompanhar a vitória por 2 a 0 sobre o Capitão Poço, garantindo vaga nas semifinais do Campeonato Paraense 2025. No entanto, apesar do público expressivo, o saldo financeiro da partida foi decepcionante: apenas R$ 10.499,50 de renda líquida, sendo que o Papão ficou com míseros R$ 5.249,75.

A arrecadação total do jogo foi de R$ 268.140,00, mas os altos custos operacionais consumiram praticamente tudo. As despesas com aluguel do estádio, segurança, taxas da Federação e logística chegaram a R$ 257.640,50, deixando pouco para os clubes.

Além disso, uma promoção especial em homenagem ao Mês da Mulher permitiu entrada gratuita para torcedoras, reduzindo o número de pagantes. Dos quase 38 mil presentes, apenas 10.053 compraram ingresso, impactando diretamente a receita.

Para onde foi o dinheiro? Veja os principais custos da partida:

  • Aluguel do Mangueirão: R$ 50.000
  • Taxa da Federação Paraense de Futebol (10% da renda bruta): R$ 26.000
  • Logística de ingressos e controle de acesso: R$ 30.000
  • Segurança, bombeiros e ambulâncias: R$ 83.000

O caso reforça um problema recorrente no futebol paraense: mesmo com estádios lotados, os clubes enfrentam dificuldades para transformar essa grande presença de público em receitas significativas. O desafio agora é encontrar maneiras de equilibrar as contas e garantir que o espetáculo dentro de campo também se reflita na saúde financeira do time.

Deixe um comentário