A crise nos bastidores do futebol brasileiro ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (15), com o afastamento oficial de Ednaldo Rodrigues do comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão foi tomada pela 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), por meio do desembargador Gabriel De Oliveira Zefiro, presidente da comissão responsável pelo caso.
A medida atende a um pedido do vice-presidente da entidade, Fernando Sarney, que foi nomeado como interventor e agora terá a missão de convocar novas eleições “o mais rápido possível”, dentro dos prazos estabelecidos no estatuto da CBF. Até lá, Sarney assume os poderes administrativos da entidade máxima do futebol nacional.

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R$63,92 - COMPRAR PRODUTOAcordo anulado e denúncia de falsificação
O TJ-RJ também declarou nulo o acordo que sustentava a legitimidade da eleição de Ednaldo Rodrigues em 2023. Segundo o desembargador Zefiro, há indícios de incapacidade mental e possível falsificação de assinatura de um dos signatários do acordo: Antônio Carlos Nunes de Lima, o conhecido Coronel Nunes, ex-presidente da CBF.
“Declaro nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela corte superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários”, escreveu o magistrado na decisão.
O Coronel Nunes havia sido intimado para uma audiência na última segunda-feira (12), mas não compareceu, o que contribuiu para o avanço da decisão judicial.

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R$19,90 - COMPRAR PRODUTOSTF já havia recebido denúncias
Na semana anterior, o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu duas denúncias contra Ednaldo Rodrigues — uma da deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e outra do próprio Fernando Sarney. O ministro Gilmar Mendes, relator do caso, recusou os pedidos de afastamento imediato, mas encaminhou o caso de volta para a Justiça do Rio de Janeiro, que agora tomou a decisão definitiva.
Próximos passos
Com a diretoria afastada, Fernando Sarney passa a ser o interventor responsável por organizar uma nova eleição para a CBF. Até a posse da nova diretoria, ele responderá por todos os atos administrativos da entidade, conforme previsto no estatuto.
A crise coloca novamente o futebol brasileiro em evidência por suas turbulências políticas internas, justamente num momento em que se esperam avanços dentro e fora de campo.